Vasta miragem de um rio risonho A luz de um louco sonho Conecta as ideias das pessoas E as faz rejuvenescer Lua do viver Molda as ondas do oceano Com um intenso encanto As marés vão transbordando Já na terra é Clara aquarela Que faz semear a vida E colher o amor O teu brilho é refrescante Admira quem a cativa Fica cheia no seu auge de esplendor Inspira aos outros todos a crescer Ao nos envolver Com a sua leve… Furta-cor Com a sua nave… Furta-cor Tuan Jurberg Pra entender as referências, fiz essa poesia de presente pra uma querida amiga chamada Clara Lua ^^

Porque a incessante busca pela verdade? Se nós a encontrarmos Ficaremos sem um objetivo para seguir inspirados Se nos acomodarmos Não sairemos do mesmo lugar Mas se continuarmos a busca Num barco rumo aos sonhos infinitos A encontraremos lá!!! A verdade de cada um não é para ser decifrada Mas sim vivida. Tuan Jurberg

É preciso sempre paz, pra sorrir Quando as coisas vão ruins O horizonte não se esconde Mas o sol está a fugir Mais um dia que se abre para nós Da janela bem distante eu vejo a luz de um farol Que ilumina nosso lado mais feroz Como agulha num palheiro não estamos a sós Somos espelhos da verdade na cidade dos desejos Reveja as necessidades diante do que tem feito Não se abale pelo medo Nem se cale por desprezo Liberdade não tem preço Não deixe a luta, é cedo Eu não cedo meus direitos pra ninguém É de onde vem os princípios que faz bem Digo axé, eles amém. Somos seres do além Tuan Jurberg e Ikan Maia

País apático puxa ar e não inspira profundo Tenta revolucionar, mudar, mas em instantes fica mudo Enquanto nas os moradores de rua sentem frio ao relento Os ricos desligam o seu ar e tomam vento A desigualdade toma a face do país Que tem preconceito como a porra, e renega a sua raiz Povo miscigenado, através dos estupros, vira as costas pro passado Ser humano alienado descubra sua história e cubra a um necessitado Desabrigada é esta ideologia de quem só pensa quadrado Que fecha a janela deixa o povo na miséria E olha feio pra quem te pede um trocado Não são presos, nem condenados São apenas almas que perambulam Num mundo tão desnorteado Tuan Jurberg

Se eu fosse um pássaro o que eu mais queria era voar Me desengaiolar e sentir a sensação de ter meu chão mesmo estando no ar Pra poder planar pra qualquer lugar Saindo do concreto pra melhor contemplar, o lugar que me roubaram, o meu habitat Em contato com a natureza, em contato com meu lar Sendo encarcerado a pastos e correntes Queria que a minha liberdade não se apresentasse tão ausente Pra andar por qualquer lugar e poder optar por escolher o gosto do que vou me alimentar Enxergar o horizonte e poder ir até ele e adiante Buscando me conectar por meio de uma ponte, um bom companheirismo, dentre o deserto uma fonte Quero me desacorrentar pra voar atrás da plenitude constante Me libertando de leis e ideais Que restringem o conceito de ser mais livre por se adequar em normas mais formais Dizem por ai que todos são iguais Perante os direitos e deveres sociais Mas privilegiam aqueles que aparentam ser mais normais Sendo que se esquecem da loucura e expressividade lúdica como transmissores essenciais O que é que há de mais bonito? Em cada ser, em cada individuo? Será o querer de dizer? Mas também o querer de ser ouvido!? Impregnaram ignorância na nossa educação E nem nos reconhecemos mais como uma nação Cada qual no seu individualismo E pra onde foi o nosso senso de coletivismo? Nos ensinaram a não estimular nossa capacidade subjetiva E a reprimir nossa desenvoltura criativa Nos enchem de prisões mentais e ditadura De se manter na linha das regras e expressar ternura Mas ai me pergunto, onde foi parar? Essa tal de liberdade que tanto queremos alcançar E se eu fosse a liberdade iria gritar e dizer Pra não restringir o meu significado pra um só ser!!! Abra os seus olhos para ver E muitas outras interpretações há de florescer Se liberte da prisão de que você é livre Pois de escravidão a liberdade não sobrevive Tuan Jurberg