Me vi em um lugar onde não encontrava as palavras certas. Elas tem vida, vão e vem num fluxo sensível, tem vezes que se debatem frente a ordem racional de construção de raciocínio. Nem vou citar aquele bruxão barbudo de um filme tal, que diz que as palavras são a fonte mais inesgotável de magia, mas até que cabe no contexto. Dentre intermináveis verbos, expressões, frases e sentenças, a colagem apareceu como uma maneira despretensiosa de organizar essa correnteza selvagem de pensamentos e emoções, que já não queriam mais se enfileirar da maneira que minha consciência pregava com dureza. Inclusive, recomendo essa prática, pra quem sentir. Catar palavras ao acaso e tentar dar forma, ver o que a livre associação constrói, que caminhos esse fluxo incerto abre, é se entregar pras sinapses e ser navegante da sua própria maré desconhecida. Nunca dá pra saber o que vai sair, por mais que exista um propósito ou uma ideia guia no processo , isso me ajudou a driblar minhas pressões pra expressar o que teima em estagnar no peito. Enfim, resolvi compartilhar com vocês, terráqueos desse mundo doido. Meu salve carinhoso pra geral envolvido nessa teia de comunicação e meu agradecimento pela troca!
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há... há esperança quando eu vejo isso, e você se torna o próprio veículo da esperança pra mim, pelo menos por um momento, uma respirada.