Sujeito e Poder, Foucault, 1982.
O careca vem pra "sugerir uma outra forma de prosseguir em direção a uma nova economia das relações de poder (ou seja, produção e reprodução da vida), que é mais empírica, mais diretamente relacionada à nossa situação presente, e que implica relações mais estreitas entre a teoria e a prática. Ela consiste em usar as formas de resistência contra as diferentes formas de poder como um ponto de partida.
Para usar uma outra metáfora, ela consiste em usar esta resistência como um catalisador químico de modo a esclarecer as relações de poder, localizar sua posição, descobrir seu ponto de aplicação e os métodos utilizados. Mais do que analisar o poder do ponto de vista de sua racionalidade interna, ela consiste em analisar as relações de poder através do antagonismo das estratégias".
Ele fala de lutas "imediatas", contra o poder que o ato de saber produz (saber é poder!), no sentido de que não adianta refletir sobre a medicina (por exemplo), mas sobre os médicos. O poder é exercido por alguém; o sujeito é veículo de discurso...
"Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. É uma forma de poder que faz dos indivíduos sujeitos".
(O endoidar é revolucionário)